Como despertar o interesse dos alunos pela leitura com metodologias ativas

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Francine Ramos

Ensinar com leveza é possível. Despertar o amor pela leitura também.

A sala silenciosa demais e os olhos desconectados

A cena é comum: você propõe uma leitura em sala, mas os olhos dos alunos estão mais presos ao celular do que ao livro. As perguntas ficam no vácuo. O texto é lido, mas não vivido. Em tempos de excesso de estímulos e dispersão constante, despertar o interesse dos alunos pela leitura parece um desafio quase inalcançável. Mas talvez o problema não esteja no aluno nem no livro. Talvez esteja na forma como ainda ensinamos.

Por que os alunos perderam o encanto pelos livros?

A escola, por muitos anos, tratou a leitura como uma obrigação. Enfileiramos os clássicos, cobramos fichamentos, exigimos interpretações fechadas. Pouco escutamos o que os alunos pensam, sentem, vivem. Resultado? A leitura se tornou uma prática distante, mecânica, desconectada de suas realidades. É como entregar uma partitura sem música.

Como as metodologias ativas transformam a relação com a leitura

Metodologias ativas partem do princípio de que o aluno aprende melhor quando participa ativamente da construção do conhecimento. E isso muda tudo. Na leitura, isso significa:

  • Permitir que o aluno escolha caminhos dentro da obra.
  • Criar espaços para que ele sinta e reaja ao texto antes de analisá-lo.
  • Usar recursos como debates, projetos, trilhas criativas, atividades em grupo e conexões com outras linguagens (música, cinema, artes visuais).

Quando o aluno se torna protagonista do processo, a leitura deixa de ser um dever e passa a ser experiência.

Exemplos práticos de aplicação em sala de aula

Dentro da Mentoria L.E.R., trabalhamos com estratégias que já mostraram resultados reais em escolas públicas e particulares. Algumas delas:

  • Círculo de leitura com papéis sociais: cada aluno assume um papel (ilustrador, provocador, mediador, conector etc.) e lê com uma função definida, o que estimula o engajamento e a escuta ativa.
  • Projeto “Livro em Cena”: transforma a obra lida em encenações, podcasts, reportagens fictícias ou rodas de conversa.
  • Leitura guiada com conexão afetiva: começamos o contato com o livro a partir de um tema vivido pelo aluno (medo, sonho, coragem) e depois aproximamos da narrativa.
  • Oficina de reescrita criativa: os alunos mudam finais, criam prequels, inventam personagens secundários. Isso os coloca dentro do texto.

Essas práticas não apenas aumentam o interesse dos alunos, como também melhoram a interpretação, a escrita e o trabalho em equipe.

O que muda quando o professor vira mediador e não só transmissor

A professora que propõe metodologias ativas não está ali para dar todas as respostas. Ela provoca, escuta, conduz, mas deixa espaço para que os alunos descubram. Isso não significa abrir mão da autoridade, mas sim mudar o foco: da transmissão de conteúdo para a construção de sentido.

E esse movimento é libertador. Para os alunos e para a professora.

Conclusão: Todo aluno tem um leitor adormecido

A tarefa da escola é menos despertar o interesse e mais criar as condições para que ele aconteça. Todo aluno tem um leitor adormecido. O que falta é a abordagem certa, no momento certo, com os recursos certos.

Quer conhecer as estratégias que estão transformando a relação dos alunos com a leitura? Clique aqui e descubra a Mentoria L.E.R., criada por quem viveu a sala de aula e acredita no poder dos livros.

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