Vamos ser sinceras: ensinar artigo de opinião virou sinônimo de “introdução, desenvolvimento e conclusão”. Mas o que deveria ser um espaço de posicionamento, pensamento crítico e coragem virou um modelo engessado e genérico.
Este post é um convite a romper esse ciclo. Vamos ensinar artigo de opinião com interpretação profunda, leitura de mundo e metodologias ativas — para que seus alunos não apenas aprendam a estrutura do gênero, mas entendam por que e para que opinar.
Sim, tem gabarito. Mas tem incômodo também. Porque pensar dá trabalho — e a escola precisa devolver esse trabalho para quem mais precisa dele: o aluno.
Vamos sair do lugar-comum e transformar a construção de um artigo de opinião em uma provocação criativa, divertida e, ainda assim, crítica!
Tema original e provocativo: Dormir deveria ser matéria obrigatória na escola?
(Sim. Vamos polemizar com humor, afeto e fundo social.)
Texto-base — Artigo de opinião (autoral e ousado)
Título: Dormir na escola deveria ser obrigatório? Sim. E eu posso provar.
Todo mundo fala sobre a importância do sono. Mas ninguém pensa nisso quando o despertador toca às 5h30 da manhã pra ir pra escola.
Estudos mostram que adolescentes precisam de mais sono — mas continuam sendo obrigados a assistir aula com cara de zumbi. Como se aprender a diferença entre parônimos e homônimos fosse possível quando tudo o que seu corpo pede é um cochilo.
Em países como o Japão, cochilar em público é sinal de esforço. Aqui, cochilar na sala ainda é visto como desinteresse. Que tal inverter a lógica?
Talvez um cochilo coletivo entre a 2ª e a 3ª aula pudesse ser mais eficaz que mil cartazes de “foco, força e fé”.
Dormir é um ato político. E a escola também pode ser lugar de descanso — não só de cobrança.
Atividade de interpretação e escrita
- Qual é o tema principal do artigo?
- Que tom o autor usa no texto? Dê um exemplo.
- Por que o autor considera dormir um “ato político”?
- Você concorda ou discorda da ideia de cochilos na escola? Explique.
- Escreva um parágrafo de opinião com o tema:
“Deveria haver uma matéria na escola chamada ‘tempo livre’? Defenda seu ponto de vista.”
Gabarito comentado
- A defesa da ideia de que dormir deveria ser permitido (ou até incentivado) na escola.
- Tom bem-humorado e provocativo. Exemplo: “assistir aula com cara de zumbi”.
- Porque questiona a lógica da produtividade exagerada e valoriza o cuidado com o corpo e mente.
- Resposta pessoal, mas deve apresentar argumentação clara e coerente.
- Avaliar: ponto de vista definido, uso de argumentos, criatividade e conexão com o cotidiano.
Proposta com metodologias ativas – no estilo L.E.R.
Início da aula:
Escreva no quadro:
“Se a escola tivesse um espaço chamado Sonecalab, o que ele teria?”
Peça que os alunos desenhem e escrevam a descrição em 5 minutos. Troquem ideias. Riam. E aí sim: leiam o artigo.
Desenvolvimento da proposta:
- Roda de opinião reversa: os alunos se dividem em defensores e opositores do “direito ao descanso escolar”, mesmo que não concordem com a posição que receberam.
- Depois, escrevem um novo artigo de opinião em duplas, mas com uma regra: cada par deve misturar humor com dados reais (pesquisados em aula).
Fechamento:
Proponha uma votação: Qual “matéria inventada” a turma gostaria de implantar na grade escolar?
As ideias mais votadas viram cartazes, vídeos ou podcasts feitos pelos próprios alunos.
L.E.R. pulsando
- Leitura crítica com riso, sem perder a seriedade do tema.
- Engajamento com autoria, troca de papéis e invenção.
- Revolução da linguagem opinativa, que deixa de ser fria e vira posicionamento com estilo.
CTA final
Você não precisa escolher entre seguir a BNCC ou fazer os alunos rirem, pensarem e escreverem com prazer.
Na Mentoria L.E.R., a gente ensina como fazer tudo isso ao mesmo tempo — com menos pressão e mais sentido.
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