Quando a motivação some da sala, mas não da gente
A rotina do professor pode ser silenciosamente exaustiva. Corrigir provas, lidar com a indisciplina, improvisar aulas, cumprir prazos, entregar resultados. No meio de tudo isso, o brilho no olho vai se apagando. A motivação não desaparece de uma vez. Ela some aos poucos. Mas o desejo de fazer diferente continua ali, guardado, esperando um caminho possível.
E é aqui que entra a leitura. Ou melhor, a leitura viva: aquela que transforma a sala de aula em um espaço de escuta, reflexão e conexão humana. Quando o professor assume o papel de mediador de leitura, ele não apenas conduz um texto. Ele acende ideias, estimula perguntas, abre horizontes. E nesse processo, também se reconecta com sua vocação.
Por que ser apenas transmissor esgota?
Durante décadas, o modelo de ensino colocou o professor como transmissor de conteúdo. Um repositório de informação que precisa ser despejada nos alunos. Mas esse modelo cansa. Porque é solitário. Porque é unilateral. Porque não respeita a riqueza das relações humanas que existem em uma sala de aula.
Quando o professor se transforma em mediador, ele cria espaço para a escuta. Ele permite que o aluno também produza sentido. Ele compartilha a experiência de ler, em vez de cobrar respostas prontas. E isso muda tudo. A relação com os alunos, com o planejamento, com o livro e com a própria prática docente.
Mediar é dar vida ao texto e sentido à aula
Antonio Candido dizia que a literatura é um direito humano. Mas esse direito só se concretiza quando há mediação. Quando há um professor que acredita que o texto é mais do que um conjunto de palavras: é uma experiência compartilhada.
O professor que media cria perguntas, sugere caminhos, acolhe interpretações. Ele não ensina apenas a ler, mas a viver através do que se lê. Isso gera mais participação, mais escuta, mais envolvimento dos alunos. E é exatamente isso que devolve sentido à própria profissão docente.
Leitura viva como ponte entre conteúdo e emoção
A leitura viva é aquela que toca. Que provoca. Que faz os alunos falarem de si, verem o mundo com outros olhos, se emocionarem. E para que ela aconteça, não basta distribuir livros. É preciso ter intencionalidade pedagógica. Saber como preparar o terreno, como convidar o aluno, como sustentar o diálogo.
É exatamente esse tipo de planejamento que devolve ao professor o prazer de ensinar. Quando os alunos participam, se engajam, reagem à leitura, a aula volta a pulsar. E com ela, volta também a motivação.
Como começar a mediar leitura com leveza e impacto
- Comece pela escuta: que temas mexem com seus alunos?
- Escolha livros que dialoguem com a realidade e as emoções da turma
- Use recursos variados: música, imagens, trechos curtos, teatro
- Estimule a participação com perguntas abertas e atividades criativas
- Planeje com base em metodologias ativas e propostas de leitura sensível
A motivação do professor se renova quando a aula faz sentido
Ser mediador de leitura não é mais uma tarefa. É uma forma de dar novo sentido àquilo que você já faz todos os dias. A leitura viva transforma o aluno, mas transforma também o professor. E quando você vê seus alunos lendo com brilho nos olhos, entende que vale a pena continuar.
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